terça-feira, 19 de setembro de 2017

170 novos superarticulados para São Paulo até o final de outubro, garante Mercedes

Ônibus de motor dianteiro com suspensão pneumática crescem na Grande São Paulo e, em poucos anos, devem ser maioria no segmento.
Chassi superarticulado nessa quinta-feira, na Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo. Foto: Adamo Bazani.


Mesmo diante da licitação que deve definir o novo desenho de linhas da cidade de São Paulo, o sistema municipal vai receber uma quantidade expressiva de ônibus novos de alta capacidade.
Até o final de outubro, devem integrar a frota paulistana mais 170 ônibus superarticulados de 23 metros de comprimento. Os veículos vão substituir os modelos articulados menores de 18,6 metros.
“Esses ônibus foram negociados entre janeiro e julho deste ano. Uma parte já foi entregue, mas ainda há um expressivo volume até o final de outubro” – revelou o diretor de vendas e marketing de ônibus da Mercedes-Benz do Brasil, Walter Barbosa, em evento na sede da montadora, em São Bernardo do Campo, que teve cobertura do Diário do Transporte.
O modelo se posiciona em categoria de capacidade e tamanho superiores às dos ônibus articulados e inferior às dos biarticulados, que têm entre 25 e 28 metros de comprimento.
“A grande sacada do superarticulado é a manobrabilidade. O veículo é menor do que o biarticulado, ou seja, se encaixa na maioria das cidades, inclusive podendo circular mais facilmente fora de corredores, como acontece na cidade de São Paulo, onde estes ônibus entram até em bairros, e acaba sendo mais fácil de manobrar que o articulado, porque o último eixo dele também vira, é direcional” – explica o executivo.
De acordo com a configuração, um ônibus superarticulado pode transportar entre 175 e 220 pessoas. Na capital paulista, pela presença de portas à esquerda, áreas para bicicleta e equipamentos de portadores de deficiência, além da distância exigida entre os bancos, um ônibus desse padrão transporta 174 passageiros.
De acordo com a configuração da SPTrans – São Paulo Transporte, gerenciadora do sistema, um ônibus articulado pode transportar cerca de 130 pessoas, e um biarticulado, aproximadamente 200.
A capital paulista é o principal mercado de ônibus superarticulado do Brasil. Dos 1300 veículos já produzidos desde o lançamento, em outubro de 2012, 1000 unidades foram para o sistema da cidade de São Paulo. O segundo maior mercado é o Rio de Janeiro, com mais de 200 unidades, e o Corredor Metropolitano São Mateus-Jabaquara, da Metra, na Grande São Paulo, possui 32 veículos.

DIANTEIRO COM SUSPENSÃO PNEUMÁTICA

Ônibus OF-1724L de chassi com suspensão pneumática para a cidade de Osasco, na Grande São Paulo. Foto: Willian Caminha.
Ônibus OF-1724L de chassi com suspensão pneumática para a cidade de Osasco, na Grande São Paulo. Foto: Willian Caminha.
Ônibus OF-1724L de chassi com suspensão pneumática para a cidade de Osasco, na Grande São Paulo. Foto: Willian Caminha.
Outro modelo que, segundo a Mercedes-Benz, tem ampliado a participação no mercado, em especial na Grande São Paulo, é o ônibus de motor dianteiro OF 1724L, de suspensão pneumática.
Com motor OM 926LA, de 238 cavalos, o veículo é indicado principalmente para linhas distribuidoras e alimentadoras.
“Quando foi lançada em 2015, a configuração representava 5% nas vendas da categoria. Agora são 40%. Em breve, o número tende a se inverter e os ônibus urbanos com motor dianteiro e suspensão pneumática deste chassi serão maioria, caminhando para a totalidade” – disse Walter Barbosa.
Novamente, a capital paulista e região metropolitana se destacam nesse mercado. Até agora, foram vendidas 1000 unidades desde 2016, das quais 30% para a Grande São Paulo.
Previsão de predominância de cada modelo na cidade de São Paulo.

Previsão de predominância de cada modelo na cidade de São Paulo.
Previsão de predominância de cada modelo na cidade de São Paulo.
“A topografia, com muitas áreas de tráfego mais difícil das cidades, exige veículos robustos, de motor dianteiro, mas também há a necessidade de oferecer maior conforto. O modelo atende a estas duas exigências. Além disso, na capital paulista especificamente, tem havido uma mudança de perfil de frota. Nestes sistemas locais, alguns operadores que estavam com micro-ônibus ou veículos de 15 toneladas partiram para modelos de 17 toneladas” – prosseguiu Walter.
Além do maior conforto para os passageiros, o executivo diz que o modelo oferece rentabilidade e mais simplicidade para manutenção.
“No caso da mola, é necessária uma mão de obra especializada, já na suspensão pneumática a troca do bolsão, é mais simples. Além disso, mesmo tendo as barras de ligação, por não possuir o conjunto de molas, o chassi tende a ficar mais leve. É uma solução que traz benefício a todos, ao motorista, cobrador e aos passageiros, pelo maior conforto, e aos empresários por menores custos” – finaliza.
OF 1721L, com suspensão pneumática para transporte interno de funcionários da Mercedes-Benz, operado pela Breda. Foto: Adamo Bazani.
OF 1721L, com suspensão pneumática para transporte interno de funcionários da Mercedes-Benz, operado pela Breda. Foto: Adamo Bazani.
OF 1721L, com suspensão pneumática para transporte interno de funcionários da Mercedes-Benz, operado pela Breda. Foto: Adamo Bazani.

Por contarem com suspensão pneumática, os veículos também podem operar em trechos e corredores BRT sem se diferenciar tanto dos modelos de maior categoria, articulados, como ocorre no sistema Move BRT, de Belo Horizonte.
fonte:Adamo Bazanni

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