terça-feira, 31 de julho de 2018

TRANSPÚBLICO - COM MUITAS NOVIDADES A FEIRA ESTA ABERTA COM MUITAS NOVIDADES


Marcopolo lança New G7 com mudanças estruturais e anuncia urbanos na planta de São Mateus-ES


ADAMO BAZANI
A Marcopolo apresentou oficialmente a nova linha de ônibus rodoviários, o New G7, uma nova versão da geração sete, que está no mercado desde 2009 e lidera o segmento.
Segundo a empresa, o momento agora é de recuperação do setor de transportes, após os efeitos da crise econômica brasileira e os lançamentos demonstram que a fabricante “fez a lição de casa” para superar o pior quadro.
Entre Marcopolo, Neobus e Volare são 12 lançamentos, e New G7 é um dos destaques.
A linha possui modernizações de design, com novo conjunto ótico, faróis de neblina, e frisos laterais.
A Marcopolo garante que as novidades não se restringe à estética, mas há aperfeiçoamentos de poltronas, que foram remodeladas, para aumentar o conforto dos passageiros.
A nova família conta com sistema novo de barras de sustentação na região do motorista, que reforçam o local de trabalho para aumentar a segurança.
Os espelhos foram reposicionados para melhorar a visibilidade.
Com isso, segundo a Marcopolo, a família G7 ganha um prolongamento do seu ciclo, durando mais anos no mercado, sem uma expectativa de uma oitava geração (G8) tão já.
Sobre micro-ônibus, também foi apresentado o novo Senior, com 2,4 metros de largura, maior altura interna e piso plano.
O urbano Torino também passou por mudanças e a fábrica de São Mateus, no Espírito Santo, que antes só era dedicada à Volare, agora faz urbanos, como o Torino.
Confira as imagens dos ônibus expostos na Transpúblico:
Fonte: Adamo Bazani

quinta-feira, 12 de julho de 2018

MARCOPOLO - PRESIDENTE EM ENTREVISTA FAZ DURAS AOS IMPOSTOS ALTOS , MAS AFIRMA QUE A EMPRESA ESTA EM CRESCIMENTO

"O que vemos são ações para aumentar a arrecadação", diz presidente da Marcopolo S.A

Executivo de fábrica de carrocerias de ônibus diz que mudança no Reintegra afeta investimentos



(foto: Júlio Soares/Objetiva/Divulgação )

Mesmo com indicadores econômicos ainda fragilizados, para a Marcopolo, uma das maiores fabricantes de carrocerias de ônibus do mundo, as vendas têm apresentado um comportamento favorável, o que vem refletindo nos seus números. A companhia fechou 2017 com crescimento de 11,7% e conseguiu no primeiro trimestre de 2018 chegar ao melhor desempenho para o período desde 2013.
Mas Francisco Gomes Neto, presidente da empresa desde 2015, tem alguns desafios pela frente. Um deles é no mercado argentino, onde mantém uma sociedade com duas empresas. Outro é resultado de uma recente decisão do governo do presidente Michel Temer (MDB), que cortou expressivamente a alíquota do Reintegra, programa que desonera exportadores, para subsidiar a redução do preço do diesel depois da greve dos caminhoneiros.

Para o executivo, a redução do benefício tributário, “quase eliminado com o objetivo de elevar a arrecadação”, pode ter como efeito no médio e no longo prazo o comprometimento da competitividade das empresas, inclusive da Marcopolo, afetar a competitividade e provocar a redução de investimentos. Além desse problema, Gomes Neto lembra o fato de o governo não ter conseguido aprovar a Reforma da Previdência até agora, o que deve ficar para o próprio político eleito para o Palácio do Planalto, o que também mexe com a confiança dos investidores.
Apesar da mudança na regra do Reintegra, Gomes Neto mantém o entusiasmo, especialmente em relação ao mercado internacional – em boa medida, por conta do comportamento das vendas no continente africano.

A aprovação da reforma trabalhista e o adiamento da reforma da previdência tiveram algum impacto?    
A reforma trabalhista provocou uma redução das ações trabalhistas em geral, o que beneficia ou deixa de prejudicar todas as empresas. A não votação da reforma da previdência afeta a economia como um todo ao reduzir a confiança dos investidores na capacidade de o país ajustar seus custos à realidade de seu orçamento. Por outro lado, o que vemos são ações do governo buscando aumentar sua arrecadação por meio da quase eliminação do Regime especial de reintegração de valores tributários para os exportadores (Reintegra). Evidentemente que no médio e longo prazo todas as empresas, incluindo a Marcopolo, são afetadas em sua competitividade e redução de investimentos.

" A cotação do dólar está favorável, o que tende a colaborar com o crescimento das exportações. Mas sabemos que essa relação pode mudar , com como já ocorreu, e fazer com que o produto brasileiro perca a competitvidade"

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As eleições presidenciais estão mais imprevisíveis do que nunca. Isso tem afetado os negócios?

A eleição afeta diretamente o segmento, que está ligado ao “folego” dos municípios, estados e governo federal em investir. Por outro lado, a retração de demanda registrada nos últimos anos fez com que a frota nacional ficasse mais velha e precisasse ser renovada. Esta renovação está acontecendo e precisará continuar para que o Brasil mantenha seus níveis de qualidade e eficiência na prestação dos serviços de transporte e mobilidade.

Já é possível perceber sinais de recuperação da economia brasileira?
Sim. Desde o segundo semestre de 2017 o mercado brasileiro de ônibus começou a retomar. Primeiro no segmento de rodoviários e, neste ano, também nos segmentos de urbanos e micro-ônibus. Com isso, a Marcopolo fechou 2017 com crescimento de 11,7% em seus negócios e, no primeiro trimestre de 2018, alcançou o melhor desempenho para o período, desde 2013. A empresa registrou receita líquida consolidada de R$ 764,8 milhões (crescimento de 37,9%) e lucro líquido consolidado de R$ 30,9 milhões, contra receita de R$ 554,6 milhões e um lucro de R$ 3,2 milhões do mesmo período do primeiro trimestre de 2017. Esse crescimento foi reflexo do maior faturamento no mercado doméstico e de exportações, que apresentaram respectivamente, um aumento de 122,7% e 39,6%, em valores, quando comparados com o primeiro trimestre do ano anterior.

Como o mercado internacional tem se comportado?
Enquanto a produção brasileira de carrocerias de ônibus cresceu de 59,4%, a produção nas fábricas brasileiras da Marcopolo subiu 76,7%, em relação ao ano anterior. As exportações continuaram fortes, com crescimento de 46,3% no volume de unidades produzidas em comparação com o primeiro trimestre de 2017. As vendas ao continente africano permanecem em destaque, reflexo do amadurecimento de iniciativas estratégicas voltadas à exportação, como o Projeto Conquest e a abertura de escritórios regionais para maior aproximação com os mercados internacionais. A expectativa é de manutenção do crescimento das exportações, com ampliação da representatividade dos mercados da América Latina na composição de vendas ao longo de 2018.

"Independentemente da força e importância do mercado brasileiro de ônibus, um dos mais relevantes do mundo, a empresa tem como meta crescer suas operações no exterior"

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O câmbio tem ajudado?
A questão cambial é tratada com muita naturalidade pela Marcopolo. Em sua estratégia, a empresa entende que precisa ser competitiva e eficiente independentemente da variação cambial. Nosso plano estratégico é bem definido e determinado para ampliar, gradativamente, a sua presença no mercado internacional. Independentemente da força e importância do mercado brasileiro de ônibus, um dos mais relevantes do mundo, a empresa tem como meta crescer suas operações no exterior, tanto por intermédio do aumento das exportações a partir do Brasil, o que vem sendo conquistado ano após ano, como também pela aceleração dos negócios de suas unidades estrangeiras.

Como é trabalhar com tanta imprevisibilidade em relação ao dólar?
A valorização ou desvalorização do real em relação às moedas dos países para os quais a empresa exporta é muito importante. No momento, a cotação está favorável, o que tende a colaborar com o crescimento das exportações. Mas sabemos que essa relação pode mudar, como já ocorreu, e fazer com que o produto brasileiro perca a sua competitividade e, consequentemente, as vendas diminuam ou se tornem menos rentáveis. A Marcopolo tem, ao longo dos últimos anos, alcançado os seus objetivos e crescido internacionalmente. Os negócios no exterior cresceram significativamente e passaram de R$ 1,07 bilhão, em 2013, para R$ 1,79 bilhão, no ano passado. As exportações pularam de 2.129 unidades enviadas ao exterior em 2013, para 3.271 unidades em 2017. No ano passado, as unidades controladas no exterior produziram 2.029 unidades, volume correspondente a 19,0% da produção consolidada da Marcopolo. Em que pese a retração de 5,5% nos negócios, essas operações mantiveram suas metas de desempenho.

Como está a operação da Marcopolo na Argentina, que enfrenta dificuldades?
A Marcopolo atua na Argentina há muitos anos, por intermédio de parceiros locais, a Metalpar e a Metalsur, que cobrem os segmentos de ônibus urbanos e rodoviários. No segmento de rodoviários exportamos carrocerias do Brasil. No ano passado, a Metalpar e a Metalsur apresentaram bom desempenho, beneficiando-se das boas perspectivas econômicas para o país. Mas neste ano ambas as operações estão sendo impactadas pela retração da economia local e a forte desvalorização do peso argentino.

Os principais indicadores da economia e seus reflexos nos contratos da empresa permitem trabalhar com a possibilidade de recomposição de seus custos e aumento de preço?
Depois de três anos muito ruins para a indústria brasileira de ônibus, talvez o cenário agora poderá ser mais positivo e promissor, mas a questão de custo e preço ganhou caráter vital para os operadores e isto é um aspecto muito delicado. Ao longo desse período, a Marcopolo desenvolveu várias ações visando ganhar ainda mais competitividade, produtividade e minimizar os efeitos da retração da demanda nos seus resultados operacionais, atuando também na redução de despesas e custos indiretos, no aumento da eficiência operacional e na melhoria do capital de giro pela redução de estoques e recebíveis. A fabricante optou por adotar uma política de recomposição de seus preços, sempre com base na elevação dos custos, principalmente das commodities, e de acordo com a capacidade de cada mercado em assimilar tais elevações de custos e preços.
fonte: Revista Diário do Transportes

sábado, 7 de julho de 2018

TORINO S DEIXA A NOMENCLATURA E ADOTA APENAS TORINO


Marcopolo deixa de usar denominação “Torino S” como estratégia comercial no segmento de urbanos


Imagem relacionada
À esquerda Torino (com o padrão de 2014) ao lado do Torino S (branco) na Marcopolo Rio – arquivo: maio/2017)
A linha, entretanto, continua com as duas opções de configuração, a lançada em 2014 e a mais simples, apresentada em maio de 2017
MATÉRIA: ADAMO BAZANI
Certamente, o Torino é um dos modelos de ônibus mais longevos da história dos transportes brasileiros.
Lançado em 1983 e destinado aos serviços urbanos e metropolitanos, o Torino teve várias versões ao longo destes 35 anos e conquistou alguns marcos, como estar entre os ônibus mais vendidos do País, com aproximadamente 120 mil unidades nestas décadas, e ser um dos primeiros modelos de biarticulados em Curitiba.
Relembre a história do Torino aqui:
Aproveitando o momento atual, de crescimento de vendas de ônibus urbanos, a Marcopolo S.A. reforça suas estratégias comerciais no segmento.
O país começa a passar, mesmo que timidamente, por um processo de recuperação, depois de uma crise que se arrastava desde 2014, e, ano eleitoral, sempre auxilia nas vendas de ônibus. Em especial dos urbanos.
Como mostrou o Diário do Transporte, segundo dados divulgados pela Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, a produção de ônibus registrou um aumento de 49,7% no primeiro semestre de 2018 em comparação ao mesmo período de 2017.
O segmento de ônibus urbanos teve um crescimento mais representativo, de 57,1%, passando de 7.244 chassis produzidos no primeiro semestre de 2017  para 11.377 em semelhante período de 2018. A fabricação de rodoviários, por sua vez, teve um aumento de 30,3%, passando de 2.729 para 3.556.
Relembre:
E, num momento de recuperação e no âmbito de um mercado competitivo, fortalecer marca em vez de dividir parece ser a melhor opção.
Diário do Transporte apurou junto à Marcopolo que a linha do urbano mais vendido da empresa deixa de ter as denominações Torino e Torino S. O produto passa a ser chamado apenas de Torino, mas as duas opções de configuração continuam normalmente.
A atual geração do Torino foi lançada em 2013/2014 e o Torino S, considerado um produto mais simples, foi apresentado oficialmente à imprensa especializada em maio de 2017.
Relembre:
O “S” de Soluzione traz algumas características que o mercado de ônibus pedia e que simplificaram limpeza, manutenção e reposição de peças, como saia (parte inferior) reta, faróis traseiros redondos que podem ser trocados separadamente (luz de direção, de ré e lanterna), sinaleiras e faróis dianteiros redondos e intercambiáveis, além de para-choque traseiro dividido em três partes. A placa da traseira é afixada acima do para-choque.
Estas características fizeram com que a procura pela versão “S” semanas depois do lançamento fosse significativa.
O Torino com as características de 2014 continua também sendo oferecido.
A Marcopolo S.A. também tem outro trunfo para manter e ampliar participação entre os urbanos: a fabricante Neobus que deu prioridade ao segmento.
Recentemente, a Neobus divulgou o lançamento do modelo New MEGA, que atende à mesma categoria do Torino, tanto para chassis de PBT de 15 toneladas ou PBT de 17 toneladas.
Relembre:
A briga no segmento é intensa.
De acordo com a Fabus – Associação Nacional das Fabricantes de Ônibus, que reúne as principais encarroçadoras do país, entre janeiro e maio (o dado mais recente), a maior concorrente, Caio Induscar registrou produção de 1751 ônibus, a grande maioria para aplicações urbanas. A Marcopolo Rio, especializada em urbanos, produziu 1457 carrocerias.
Somando todas as empresas da Marcopolo S.A. que surgem no ranking da Fabus, Marcopolo, Marcopolo Rio e Neobus, nos cinco primeiros meses deste ano foram produzidas quase quatro mil carrocerias de diversos segmentos (3938), ou mais da metade de toda a produção apurada pela Fabus, que soma 7117 unidades.



FONTE: DIÁRIO DO TRANSPORTES